Quando olhamos as redes sociais da Prefeitura Municipal de Mossoró e do Prefeito Allyson Bezerra (União Brasil), parece que tudo está bem em relação ao reajuste de 3,62% nos salários dos professores do município. A questão é que nem tudo é ou parece ser o que está sendo divulgado. Se o reajuste do piso dos professores do município foi aplicado em 2024, o mesmo não aconteceu em 2023, quando foi apresentado um aumento de 14,95% para a valorização dos profissionais, e o prefeito se negou a aplicá-lo.
Durante todo o ano passado, a gestão de Allyson tentou emplacar, seja por meio das redes sociais de sua gerência, chamadas nas redes de TV e rádio, ou até mesmo pelas redes sociais de aliados, que os professores já recebiam acima do valor apresentado pelo aumento do piso de 2023. Recursos advindos dos contribuintes foram utilizados, de certo modo, para agir contra a classe que contribui para a formação educacional de toda a população desde a infância.
Em resposta às atitudes de Allyson de confronto direto com os professores, a classe se mobilizou para pressionar pelo reajuste de 2023, mesmo diante da ofensiva que enfrentou a todo momento. Mesmo sem conseguir efetivar a valorização salarial, os professores conseguiram quebrar o discurso do governo de Allyson de que ele era aliado. Na verdade, o Prefeito e sua gestão foram para o embate e se mostraram inflexíveis aos direitos dos servidores.
A Lei 11.738/2008 é a que rege o reajuste salarial dos professores, ou seja, dispõe sobre o crescimento do valor anual mínimo por estudante. Os professores continuam na luta pela aplicação do piso de 2023, mas para a gestão de Allyson, enquanto tenta se promover com aplicação dos 3,62% de 2024, parece que os 14,95% de 2023 a que os profissionais têm direito serão, como canta o popular Bartô Galeno: “só lembranças, só lembranças e nada mais”.