Chegando em fevereiro, vários municípios do oeste potiguar têm tradição na realização de seus carnavais e sempre recebem foliões de diversas regiões do Rio Grande do Norte e do Brasil. O que os foliões esperam, além dos festejos em si, é organização no evento, e não foi isso que encontraram ao participar de uma das noites do carnaval de Apodi.
O Carnaval já é tradição em Apodi e sempre atraiu muita gente de todas as regiões do RN que aproveitam o momento para cair na folia, mas uma coisa chamou a atenção de muita gente: a desorganização do evento. O folião Francisco Monte, da cidade de Baraúna/RN, afirmou que já é o terceiro carnaval que ele aproveita em Apodi e que este ano não sentiu a mesma organização que existia em anos anteriores. “Tá tudo muito apertado e o espaço é pequeno para as pessoas. Este local dos shows à noite não comporta a quantidade de gente que está aqui. A impressão que eu tenho é que a prefeitura priorizou os camarotes e esqueceu a gente que é do povão”, apontou Francisco.
Já Gorete Martins, da cidade de Parnamirim/RN, disse que acompanhar o trio pela tarde foi bom, mas o local da arena dos shows noturnos estava muito desorganizado. “Não consegui entender porque desse local tão pequeno. Muita gente ficou lá fora porque não deu para entrar. E aqui dentro, eu achei um absurdo ter somente um banheiro para essa quantidade de gente. Eu quase que urinei na roupa”, afirmou Gorete. Ela também afirmou que achou a revista na entrada da arena muito frágil e que somente se sentiu segura porque a Polícia Militar estava sempre passando pelo local onde ela estava.
Outros foliões também fizeram relatos semelhantes e isso deve servir de alerta para a Prefeitura Municipal do Apodi, idealizadora do evento. Muito se tenta obter ganhos políticos a partir da realização de eventos de grande porte, mas os pontos negativos também dizem muito sobre a prioridade que a gestão coloca sobre o carnaval. Mas muito além dos foliões relatarem a desorganização no carnaval em Apodi, é preciso corrigir essas falhas para não ocorrer uma fuga dos brincantes para outras cidades, pois quem mais perde são os comerciantes locais que aguardam esse período do ano para conseguir renda extra.