Desde sua decisão de não usufruir da licença-maternidade, a vereadora tem sido alvo de ataques por parte, principalmente, de apoiadores da gestão do prefeito. Esses ataques parecem estar relacionados a interesses políticos, nitidamente, buscando minar a imagem da vereadora. Tendo isso como ponto, torna-se nítido o real motivo por trás dos ataques quando observamos quem assumiria a cadeira no legislativo: um nome de confiança da base do gestor municipal.
Os ataques em que Carmem Júlia, parlamentar que é declaradamente de oposição no legislativo municipal, vem sofrendo revelam uma realidade complexa, com interesses por trás das críticas vindas diretamente de apoiadores da atual gestão. Enquanto isso, a vereadora demonstra ser uma parlamentar atuante, honrando os 3.112 votos obtidos na eleição que concedeu o seu diploma de vereadora, destacando a importância de questionar a disparidade de tratamento entre homens e mulheres no ambiente de trabalho, especialmente no que diz respeito ao cuidado familiar.
A atuação incansável de Carmem Júlia ressalta a luta das mulheres no cenário político, enfrentando questionamentos que raramente são dirigidos aos homens, inclusive, elas que possuem dupla ou triplas jornadas de trabalho. Em um gesto de comprometimento, a vereadora informou, mesmo que não seja necessário, que colocou um atestado médico de 30 dias, mostrando sua determinação em conciliar suas responsabilidades públicas com sua recente maternidade.
Importante reforçar que o uso ou não da licença-maternidade, Carmem Júlia receberia o seu salário de vereadora. Ela portanto, em decisão própria, optou por recebê-lo indo até as sessões na câmara e exercendo o seu mandato. Inclusive, afirmou que não pretende concorrer a reeleição, afastando qualquer interesse “político” de suas decisões.