A atual situação do Estádio Manoel Leonardo Nogueira, o Nogueirão, entristece qualquer torcedor, jogador e clubes de futebol, e reflete o comportamento da Gestão Allyson Bezerra (União Brasil) em relação ao maior símbolo e patrimônio desportivo mossoroense, que atualmente encontra-se fechado, obrigando os clubes da cidade a se deslocarem até o Estádio Edgar Borges Montenegro, em Assú/RN, para realizar seus jogos. O descaso da gestão municipal com o Nogueirão também sugere a possibilidade de vender ou permutar um terreno tão bem localizado e valioso.
Em uma matéria do Blog do Marcos Santos, intitulada “Os planos do prefeito para fechar o Nogueirão e tentar vender/permutar o estádio”, publicada neste domingo (03), o blog alerta que essa permuta/venda é vista como a única alternativa pela gestão Allyson, que não considerou a construção de parcerias com o Governo Federal ou a inclusão do Nogueirão no programa “Mossoró Realiza”, que oferece valores milionários em empréstimos junto à Caixa Econômica Federal.
O Blog do Marcos Santos também destaca que a falta de consulta à população é uma das estratégias adotadas pelo gestor e sua equipe nessa situação, e que, na verdade, parece haver uma intenção de desvalorizar o patrimônio público, uma vez que a Prefeitura de Mossoró descumpriu o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público para a realização de obras de acessibilidade, resultando na interdição do Nogueirão.
Na publicação do Blog do Marcos Santos no instagram, a Liga Mossoró de Futebol 7 comentou que “o prefeito é o Coveiro da história do Nogueirão. Mais uma vez o dinheiro mandando no patrimônio histórico da cidade”. Outro leitor identificado como Berguinho frisou: “Para ele, quanto pior o nogueirao estiver, melhor, pq aí ele justifica essa permuta, e nós torcedores temos que aceitar que isso é o melhor pra todos, ficam querendo empurrar isso goela abaixo, e assim vai acabando o já combalido futebol de Mossoró, nossos times já não tem tanto recurso jogando aqui, com renda, imagine passar mais de 3 anos jogando em Assú, é melhor fechar logo as portas.…”.
Confira a matéria do Blog do Marcos Santos retratando a relação da gestão Allyson Bezerra com o Nogueirão:
Os planos do prefeito para fechar o Nogueirão e tentar vender/permutar o estádio

Se fizer uma cronologia, os fatos mostram que a venda/permuta do Nogueirão é a “menina dos olhos” do prefeito Allyson Bezerra, como se este fosse apenas o caminho para recuperar ou construir um novo estádio.
Alternativas como buscar recursos via parceria com Governo Federal ou inserir o Nogueirão no programa “Mossoró Realiza”, que está recebendo dinheiro a rodo por empréstimo junto à Caixa, passaram despercebidas. Ao menos, ouvir a sociedade civil sobre o tema, algo comum para um chefe de Executivo… nada disso. É a permuta pela permuta, provavelmente, com o Nogueirão mudando de endereço e distante, e acabou a história.
E os fatos que justificam a decisão do prefeito?
Primeiro, ter descumprido o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público para realização de obras de acessibilidade; ora, se a intenção era a permuta, não fazia sentido então colocar um par de cimento na coisa. Depois, ter mandado para escanteio a promessa dita ano passado, em microfone amigo, de recuperar parte da arquibancada interditada. O negócio era arruinar o patrimônio público.
Sim, arruinar, porque o descumprimento do TAC findou na interdição judicial do Leonardo Nogueira, deixando os clubes, a torcida e a imprensa absolutamente na mão. Frise-se, tal interdição ocorreu antes da queda da marquise do estádio. E diante desse cenário, o desabamento da marquise por um acaso, acabou sendo “favorável aos planos” traçados.
Planos meio confusos, morosos, e que resultaram no fechamento inesperado (menos para quem o idealizou) de um estádio histórico sem o devido cuidado, sem medir consequências, sem o menor respeito à comunidade esportiva. E tudo isso acontecendo de forma pacata e ordeira, com os clubes/dirigentes e também outrem “amarrados”, sem moverem um pio, sob pena de sofrerem corte do mísero patrocínio.
O Nogueirão não precisava disso.