“A Polícia do Pensamento te pegava até se não dissesse palavra. O crime de pensar não trazia a morte: o crime de pensar era a morte em si.”
O trecho do livro “1984”, de George Orwell, captura a essência da perseguição política realizada pela polícia do pensamento, um nome aterrador para a força que monitorava e controlava as ações e pensamentos dos cidadãos retratados na obra.
A crítica contundente de Orwell narra como o regime totalitário utiliza a vigilância, a repressão, a manipulação da verdade e o medo para manter o controle absoluto do personagem despótico chamado de o “Grande Irmão”.
A ficção reflete a realidade, retratando a perseguição política em regimes ditatoriais, que está ligada ao funcionamento de suas polícias secretas, como a Gestapo na Alemanha nazista e a KGB na União Soviética.
Mesmo em um regime democrático, sob a Constituição Cidadã de 1988, que prima pela liberdade de expressão, o prefeito Alysson Bezerra, de Mossoró, utiliza a perseguição, a mentira e o medo para eliminar quem pensa diferente. Utilizando sua “polícia secreta” de comissionados, perpetua um clima de medo e submissão entre os servidores.
A perseguição política de servidores públicos, da qual fui vítima, foi denunciada por um dos seus encarregados. Transferências arbitrárias, demissões injustificadas e assédio moral visam silenciar a discordância com o “Grande Irmão” simbolizado na figura autoritária do prefeito.
Este fato expõe a máquina de perseguição municipal e alerta a população sobre os perigos do autoritarismo e a fragilidade da liberdade. Nos próximos dias, seremos chamados a combater quem usa a estrutura do município para retaliar os que manifestam opiniões contrárias. Podemos, através do voto, garantir que os servidores possam exercer suas funções com autonomia e em prol do interesse público.
Por Álamo Duarte, servidor municipal e vítima da máquina de perseguir quem pensa diferente.